quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Serviços contábeis em alta, mas com aumento de responsabilidade, trabalho, e
baixa remuneração


Os profissionais da contabilidade a cada dia que passa recebem mais atribuições para
exercer as suas atividades. Exemplos não faltam: Certificação Digital, Sped, IFRS e
muitas outras.
Será que o constante incremento de trabalho, que transfere responsabilidade aos
profissionais, é suficiente para dizer que a nossa profissão está sendo valorizada e em
alta? Estes aumentos estão sendo reconhecidos por quem necessita dos nossos serviços?
A remuneração do profissional está sendo suficiente para atender os investimentos,
modernizar nossos escritórios, fazer cursos de aperfeiçoamento, participar da educação
continuada e viver dignamente com nossa família? Ou necessitamos aumentar o número
de clientes para manter o mesmo padrão de vida de dez anos atrás?
Pela legislação que está tramitando no Congresso Nacional e no Senado há a
possibilidade do trabalhador do Brasil ter sua jornada de trabalho reduzida de 44 para 40
horas semanais. Já para nós está ocorrendo o inverso, pois a classe contábil só tem
aumento de trabalho e diminuição da remuneração!
Esta situação é justa para os profissionais da contabilidade que é tão importante para o
desenvolvimento das empresas, do controle das finanças públicas? É o momento de
falarmos em um piso mínimo para a categoria, em uma remuneração mínima pelos
serviços técnicos para as empresas que contratam os serviços de um profissional ou
mesmo um escritório de contabilidade. Creio que somente assim poderemos prestar um
serviço mais qualificado e orientar o empresário no seu negócio.
Lembramos que nossa remuneração deve estar atrelada à responsabilidade dos
profissionais perante o Código Civil, onde somos responsáveis pelos atos praticados
pelos empresários, inclusive os ilícitos. Todavia, destes não temos conhecimento,
porque a contabilidade limita-se a registrar os atos e fatos pretéritos da empresa.
Convido a todos que tenham o mesmo sentimento e estejam interessados, que venham
conjugar esforços para encontrarmos uma solução adequada para o nosso dilema.
Temos que estabelecer metas, reunir condições para levantar nossas bandeiras de
trabalhadores injustiçados com todas as atribuições que nos estão imputando. As
entidades de classe são o caminho e com um trabalho forte e empenho de todos, creio
que atingiremos nossos objetivos. Faça parte deste inconformismo, ingresse num
sindicato, venha para a federação, coloque suas ideias, pois pior do que não conseguir e
nunca ter tentado.
Contador Sergio G. Dienstmann
Presidente da FEDERACON

Federação dos Contabilistas do Estado do RS

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

N O T Í C I A - 25/09/2013

RS - Alterado o prazo para retificação da Guia de Informação e Apuração do ICMS

Através da Instrução Normativa RE nº 81/2013 - DOE RS de 24.09.2013, o Fisco gaúcho alterou o prazo para os contribuintes gaúchos retificarem as informações contidas na Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA). Em vista disso, o arquivo pode ser reenviado até o último dia do 2º mês subsequente ao mês de referência.

Fonte: Legisweb 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

N o t í c i a - 02/09/2013

Prazo extra para entrar no eSocial

As empresas inscritas nos regimes do Simples Nacional e lucro presumido terão até o mês de setembro do próximo ano para fazer o cadastramento inicial no sistema.

Silvia Pimentel

A Receita Federal poupou as MICRO e PEQUENAS EMPRESAS e esticou o prazo para que o segmento comece a operar o eSocial, o módulo mais complexo do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que vai abranger a folha de pagamentos e todas as obrigações trabalhistas e previdenciárias. As empresas inscritas nos regimes do SIMPLES NACIONAL e LUCRO PRESUMIDO terão até o mês de SETEMBRO do PRÓXIMO ANO para fazer o cadastramento inicial no sistema. O novo cronograma foi divulgado pela Receita durante a 1ª Conferência eSocial, realizada pela Thomson Reuters, em parceria com o Sescon e Fenacon.
 "Essa nova forma de prestar informações ao fisco certamente vai trazer transparência, mas também muitas dificuldades pela diversidade empresarial no Brasil", afirmou o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), Sergio Approbato Machado.
Os profissionais da contabilidade são peças-chave no processo de entendimento da nova ferramenta, mas não são os únicos. Desta vez, diferentemente do que ocorre com os outros módulos do Sped, a participação da alta gestão das empresas é imprescindível. Em outras palavras, as empresas, que são as principais fontes das informações enviadas eletronicamente ao fisco, deverão investir em treinamento, conscientização e gestão eficiente para evitar problemas futuros.
Guardadas as devidas proporções, lidar com o eSocial é como preencher uma declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física, em que informações desencontradas podem acionar o sinal amarelo da Receita. Sim, com e eSocial, todas as empresas brasileiras estarão sujeitas à malha fina, um importante filtro que pega tanto erros cometidos de forma involuntária como as fraudes para evitar o pagamento de tributos. " Com a ferramenta, o empresário desorganizado será forçado a organizar as informações sobre os seus funcionários e colaboradores. E aquele que age de má fá para pagar menos tributos vai pensar duas vezes", alertou o coordenador de sistema de atividade fiscal da Receita Federal, Daniel Belmiro.
De acordo com ele, a implantação do eSocial, que trata das obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais, evidencia uma nova premissa do fisco: aumentar a arrecadação por meio da transparência e controle, em vez de criar tributos ou aumentar alíquotas dos já existentes. "O aumento da receita tributária será um efeito colateral da ferramenta, mas não é o objetivo central do governo".
Durante o evento, Belmiro destacou as vantagens para as empresas e, principalmente, para os trabalhadores. Hoje, o profissional da contabilidade entrega a mesma informação, em diversas abordagens, para diferentes plataformas, o que aumenta a possibilidade de erros, além de gerar redundância de dados. "O eSocial é uma nova forma de registro das obrigações já existentes que reduz o custo operacional, simplifica e padroniza a entrega da informação", explica. A GFIP, exigida das empresas desde 1999, será a primeira obrigação acessória em papel extinta com o eSocial. Outras obrigações cairão, como a DCTF.
Empresas não fizeram a lição de casa
Uma pesquisa feita pela Thomson Reuters com duas mil empresas mostra que 70% das companhias brasileiras não iniciaram projetos internos para se adequar às regras do eSocial, o braço mais complexo do Sistema Público de Escrituração digital (Sped), que vai entrar em operação no próximo ano, inicialmente para as empresas do lucro real. De acordo com o levantamento, das 30% de empresas restantes, apenas um quarto afirma possuir um projeto em andamento.
O assunto ainda é cercado de dúvidas. Uma enquete informal realizada durante a 1ª Conferência do eSocial, realizada pela Thomson Reuters, com quase mil participantes, mostrou que a integração dos dados de diversas origens dentro da empresa é a principal preocupação envolvendo o eSocial para 61% dos entrevistados. Em segundo lugar, aparece a qualidade do conteúdo da informação, com 21%. Para o diretor de negócios de Software da unidade de Tax & Accounting da Thomson Reuters, Marcos Bragantim, o resultado da pesquisa mostra a necessidade de um processo de governança e compliance integrado para que as empresas não deleguem a responsabilidade pelas informações a apenas uma área da companhia.
Para os participantes, entretanto, o departamento de RH deve se responsabilizar pela centralização das informações que serão enviadas. Essa área foi citada por 82% dos entrevistados no evento, seguida do escritório de contabilidade, com 7%. Na visão dos especialistas que tiveram acesso ao funcionamento do sistema, a escolha do departamento é o que menos importa. O ideal é que a comunicação entre as áreas da empresa funcione, evitando informações desencontradas.
De acordo com Victoria Sanches, gerente da unidade de negócios da Thomson Reuters, participante do grupo de trabalho que trata do eSocial, são ao todo 44 tipos de eventos que deverão ser informados pela empresa, divididos em três grupos: iniciais, aleatórios e mensais.
O coordenador de Sistemas de Atividade Fiscal da Receita Federal, Daniel Belmiro, explicou que as empresas devem ficar atentas às "informações mais sensíveis", que podem impedir um trabalhador de receber algum direito. A admissão, por exemplo, deverá ser registrada o mais rapidamente possível, de preferência no momento da contratação. "Imaginem um trabalhador que foi contratado pela manhã, mas sofre um acidente de trabalho no período da tarde. Se a informação não chegar a tempo, ele terá dificuldade para receber seus direitos".
Empregadores domésticos e microempreendedores individuais ganharão um módulo simplificado do eSocial, que gera no próprio sistema o recibo de salário e a guia de recolhimento do imposto.

Fonte: Diário do Comércio